A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a mera ausência de doença ou enfermidade. A mesma organização define saúde mental como um estado mental de bem-estar no qual a pessoa é capaz de apreciar a vida, trabalhar e contribuir para o meio em que vive, ao mesmo tempo em que consegue administrar as próprias emoções.
Alguns dos inúmeros benefícios da prática de mindfulness já comprovados cientificamente estão diretamente relacionados a tais definições e incluem elevados níveis de satisfação com a vida, melhor disposição, maior vitalidade, melhor autoestima, níveis elevados de empatia, melhor habilidade de regulação emocional, menor reatividade, menor distração e diminuição dos sintomas da depressão e ansiedade e maior senso de autonomia, competência e otimismo.
Alguns dos inúmeros benefícios da meditação para a saúde mental e emocional com a intenção de que mais pessoas e organizações entendam a importância da incorporação de práticas meditativas nas rotinas individuais e organizacionais.
Algumas grandes empresas já adotaram a prática de meditação e puderam comprovar seus benefícios. O fundador da rede social Facebook, Mark Zuckerberg, se reúne com outros fundadores de companhias de tecnologia da Califórnia em uma conferência chamada Wisdom 2.0, onde os especialistas discutem os benefícios da meditação na era digital. O fundador do Wisdom 2.0 Soren Gordhamer afirma: "Precisamos de inovação tecnológica e de transformação do coração. Não há mundo habitável sem sabedoria, mas também não há mundo habitável sem atenção plena ou conexão humana genuína”.
Entendendo a importância desta prática, a empresa Facebook oferece aulas de meditação aos seus funcionários como benefício e os colaboradores que experimentaram a meditação afirmaram uma melhora significativa em sua qualidade de vida e em seu rendimento profissional. A empresa Intel também relatou que após 19 sessões vivenciadas por aproximadamente 1.500 funcionários, os relatos não poderiam ser melhores, dentre diversos fatores, foi destacado que o estresse diminuiu enquanto o contentamento entre os funcionários cresceu muito. Outras grandes empresas enxergaram nessa prática uma possibilidade para, além de ampliar seus resultados, tornar as pessoas melhores e mais engajadas.
Segundo relatório da OMS publicado em 2019, o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros convivem com o transtorno. O relatório indica que a ansiedade é a segunda condição mental, depois da depressão, com maior incidência de incapacidade na maioria dos países analisados. Em uma revisão de estudos realizada pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, 47 estudos que pesquisaram o impacto da meditação na saúde mental foram analisados, e foi comprovado que aspráticas meditativas podem ajudar em casos de ansiedade, depressão e até dor.
Segundo Marcos Rojo, PhD em Ciência do Ioga e mestre pelo Departamento de Neurologia da FMUS, a explicação é simples: o ansioso é aquele que está sempre no futuro tentando solucionar problemas que ainda não existem e que possivelmente nem existirão. “A meditação é uma forma de se colocar no aqui e agora, pois ajuda a tirar a mente das ocupações do futuro que são geradoras de ansiedade”.
É necessário e urgente que mais indivíduos e mais organizações entendam a importância das práticas meditativas e decidam fazer um esforço para incorporá-las em suas rotinas. Certamente, teremos pessoas e organizações mais saudáveis quando tivermos mais praticantes de mindfulness e meditação em todos os meios. (Trecho do meu e.book sobre Neurociência e Meditação disponível para download no meu site)
Comments